O FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos começou ontem [22 de setembro], na estação ferroviária do Rossio, em Lisboa. Convidados e visitantes anónimos fizeram a primeira viagem no comboio literário, numa parceria com a CP, que, todos os dias, tem duas viagens marcadas para Óbidos, a Vila Literária. Até dia 2 de outubro, a festa da literatura pode começar em Lisboa, mas prolonga-se, sem dúvida, em Óbidos, com mais de 250 atividades, 500 participantes e muita “utopia”, o grande tema do FOLIO deste ano.
Na viagem inaugural do comboio literário, o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, não podia estar mais satisfeito. “Não podíamos começar de outra maneira”, realça Humberto Marques, que explica que “o FOLIO não é um evento só de dimensão local”, sendo antes, um acontecimento “nacional e internacional”. “É, porventura, o maior evento literário do País e um dos eventos mais importantes em termos europeus”, sublinha.
Humberto Marques explica ainda que, quando se iniciou a organização deste evento, com esta equipa de curadores, “o desafio, depois da primeira edição, que correu muito bem, só podia ser de crescimento”. “Por isso, temos 250 eventos em 11 dias, mais de 500 protagonistas de grande dimensão nacional e internacional”, explica o autarca, acrescentando que a edição 2016 do FOLIO “foi, de facto, uma aposta muito forte”.
Por seu lado, para o presidente do Turismo do Centro, parceiro do FOLIO, começar um evento num comboio é “uma forma original e virtuosa, porque consegue juntar um conjunto de parceiros à volta de um projeto, que é o FOLIO, e, seguramente, as pessoas vão com um espírito novo”. Pedro Machado destaca ainda a importância que a ferrovia tem para o Turismo. “Esta é uma nova abordagem à mobilidade e o Turismo vive muito de mobilidade”, explica, acrescentando que “gostaria muito que a Linha do Oeste pudesse ser reabilitada e que este comboio fosse um serviço permanente ao dispor das comunidades e também da atividade turística”.
Recorde-se que o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos prolonga-se até 2 de outubro. Um evento que está dividido em muitos capítulos. Na FOLIA, o destaque vai para as aulas e espetáculos de criação e produção exclusivas para o Festival. José Gil dá uma aula de utopia em Fernando Pessoa e Carlos Reis de utopia em Saramago; em palco, Camané canta Jobim; nas ruas uma reprodução em tamanho real de ‘As Tentações de Santo Antão’ assinala os 500 anos da morte de Bosch, só para citar algumas iniciativas.
No FOLIO a Educação e Ilustração também não ficam de fora. O EDUCA traz os mais destacados professores, bibliotecários e educadores, nacionais e internacionais, para um seminário onde se cruzam Educação, Literatura e Literacia. No ILUSTRA, as imagens ganham a força maior das palavras em traços distintivos e originais.
Há mais festival no FOLIO MAIS, com as editoras e entidades ligadas à cultura e à literatura com várias iniciativas, numa programação que completa o universo FOLIO, com tempo para tertúlias na Casa dos Poetas e ainda mais livrarias… e milhares de livros.
Informações adicionais em www.foliofestival.com.